O trabalho intitulado Projeto Escuta Solidária: universidades no apoio às pessoas idosas em tempos de pandemia foi premiado no VI Congresso Municipal sobre Envelhecimento Ativo, realizado em 30 de setembro, em São Paulo. O evento teve como tema Velhices Cidadãs – Envelhecimento no mundo digital, em referência ao desafio da presença e inclusão digital lançado às pessoas idosas com a pandemia de covid-19.
O Escuta Solidária ficou em primeiro lugar na Mostra Ligia Py – Experiências e projetos exitosos nas áreas da inclusão social, digital e da intergeracionalidade. Os objetivos eram valorizar, qualificar, estimular, disseminar e dar visibilidade às experiências inovadoras que contribuíram e contribuem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas, tendo como referência conceitual o documento da Organização Mundial da Saúde intitulado Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde.
A apresentação do trabalho no Congresso se deu pela ex-aluna do curso de Nutrição da UFV, Joice da Silva Castro. Ela é uma das integrantes do Grupo de Estudos e Práticas sobre Envelhecimento, Nutrição e Saúde (Greens), idealizador do projeto e coordenado pela professora Andréia Queiroz Ribeiro, do Departamento de Nutrição e Saúde. Além da UFV, também participaram do Escuta Solidária a Universidade Federal do Tocantins, sob coordenação da professora Maria Sortênia Alves Guimarães Miele, e a Universidade Estadual de Campinas, sob coordenação da professora Daniella Pires Nunes.
Por meio do projeto, as três universidades buscaram, em conjunto, oferecer às pessoas idosas, durante o período do distanciamento social para prevenção da covid-19, escuta qualificada, acolhimento e orientações, além de atividades voltadas à estimulação cognitiva, inclusão digital e troca intergeracional. Cerca de 200 pessoas foram acompanhadas via ligações telefônicas por estudantes universitários de Viçosa (MG), Palmas (TO) e Campinas (SP).
Durante as ligações, eram identificadas angústias, dúvidas e demandas, as quais direcionavam outras ações do projeto. As ações incluíram desde o acolhimento às pessoas idosas e a cuidadores, atendimento psicológico on-line, orientação nutricional e de cuidados em saúde até a produção de materiais de inclusão digital, autocuidado e estimulação cognitiva. Muitas dessas ações foram ampliadas para o público não acompanhado diretamente pelo projeto, como pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência.
Os relatos, vídeos e fotos registrados pelo projeto evidenciaram seus benefícios para a qualidade de vida das pessoas idosas durante a pandemia. Os resultados também destacam a relevância da extensão universitária como ferramenta de promoção do envelhecimento saudável por meio de oportunidades de inclusão social e digital, fortalecimento de vínculos e solidariedade intergeracional.
Mais detalhes podem ser acessados no Facebook do projeto.
Via: Divulgação Institucional da UFV (www.ufv.br/)